A história do carnaval no Brasil: conheça a origem e costumes como fantasias e blocos carnavalescos

O carnaval é uma das festas mais populares do Brasil. De Norte a Sul, as pessoas costumam realizar grandes eventos, como os chamados “blocos de rua”, saindo pelas avenidas fantasiadas ou vestindo abadás, acompanhando trio elétricos com muita música e dança. As matinês não poderiam faltar como opção para os pequenos: as brincadeiras, fantasias coloridas, muito confete e serpentina fazem a alegria da criançada.

Conheça agora um pouquinho sobre a origem do carnaval e suas brincadeiras!

O CARNAVAL COMO TRADIÇÃO BRASILEIRA

Muita gente não sabe, mas o carnaval não nasceu no Brasil. A festa foi trazida pelos colonizadores portugueses, tendo muita relação com a prática do “entrudo”, uma brincadeira onde as pessoas costumavam jogar farinha, ovos, água e até lama pelas ruas ou dentro de suas próprias casas, com o intuito de zombar uma das outras.

O entrudo era considerado como uma prática “imoral” por parte das autoridades e da elite da época, que se reuniram para organizar festas mais “civilizadas”, com direito a desfiles de carros movidos a tração animal, geralmente enfeitados e coloridos. Bailes de máscaras também eram realizados, inspirados nas tradições europeias.

Os escravizados, por sua vez, se divertiam com batucadas e ritmos africanos, que mais tarde dariam origem ao samba e o axé, além de outros estilos únicos como o frevo e o maracatu. Com o tempo, foram surgindo os primeiros blocos de ruas e as primeiras escolas de samba.

BLOCOS E ESCOLAS DE SAMBA

Um dos mais antigos blocos carnavalescos de que se tem registo é o “Zé Pereira dos Lacaios”, fundado em 1867 na cidade de Ouro Preto. No Rio de Janeiro, o bloco “Reis de Ouro" foi o primeiro a apresentar elementos bastante tradicionais nos desfiles de hoje, como o enredo de escola de samba, instrumentos como o tambor e o pandeiro, além da ideia do casal Porta-Bandeira e Mestre-Sala.

Somente em 1928 surgiria a primeira escola de samba na capital carioca, a “Deixa Falar”, se diferenciando dos blocos por se tratar de uma organização que se apresentava e difundia a mensagem do samba enredo para o grande público.

O carnaval se democratizou a tal ponto, que se tornou uma data comercialmente vantajosa para comerciantes de todos os níveis, movimentando milhões de reais atualmente. O primeiro desfile de competição entre as escolas, ocorreu em 1932, sendo a Mangueira a grande campeã.

Já o primeiro desfile no Sambódromo do Rio de Janeiro, um dos principais e mundialmente famosos símbolos do carnaval carioca, foi realizado e transmitido em 1984. Posteriormente, outras cidades como São Paulo e Porto Alegre também construíram sambódromos para realizar competições de escolas de samba.

MARCHINHAS DE CARNAVAL

A primeira marchinha carnavalesca da história foi composta pela cantora e maestrina Chiquinha Gonzaga, intitulada Ó Abre Alas. A canção foi feita para agitar os foliões no desfile da Rosa de Ouro, no Rio de Janeiro.

A partir daí se iniciou um novo movimento da música popular brasileira, caracterizado por letras e harmonias simples, sempre com um tom humorístico e irônico. O termo “marchinha” teve base nas marchas dos soldados, que praticavam as fanfarras militares.

As marchinhas atingiram seu auge através da popularização do rádio nos anos 30, mas foram substituídas nos desfiles e blocos de rua com o tempo, devido ao aparecimento de outros gêneros como o samba e o axé. Entre as marchinhas mais conhecidas, além de “Ó Abre Alas”, podemos citar “Mamãe Eu Quero” e “Me Dá um Dinheiro Aí”.

MÁSCARAS E FANTASIAS

As fantasias, são uma tradição que remonta a antiguidade, uma vez que era cultura dos povos pagãos realizar festivais de inverno, geralmente relacionados a fertilidade e também, para homenagear seus Deuses e afastar espíritos malignos.

As máscaras, são acessórios presentes em várias culturas, como parte de rituais religiosos e datas comemorativas, e variam de significado dependendo da sua finalidade. Elas eram comumente utilizadas em festas e eventos exclusivos realizados pela elite, e foram introduzidas no Brasil no período da colonização portuguesa, sendo difundidas nas celebrações do carnaval de rua.

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